Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto a sofrer impeachment

Ex-presidente e ex-senador foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Da redação

Fernando Collor de Mello, condenado a mais de oito anos por corrupção, foi o primeiro presidente a sofrer impeachment no país. Em 1989, aos 40 anos, Collor derrotou Luiz Inácio Lula da Silva e se tornou o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois do fim do regime militar. 

Representava o ‘Caçador de Marajás’, político jovem eleito com as promessas de combater a corrupção e abrir a economia. 

A primeira medida polemica, o Plano Collor, confiscou a poupança dos brasileiros, mas não conseguiu controlar a hiperinflação. 

Em 1992, em meio a vários escândalos de corrupção, a Câmara dos Deputados abriu uma CPI para investigar Collor. Em seguida foi aberto o processo de impeachment.

Collor renunciou para tentar escapar. Mas no final do ano, o congresso, pela primeira vez, na história, aprovou o impeachment de um presidente. 

Collor teve os direitos políticos cassados por oito anos e foi processado por corrupção. O vice Itamar franco assumiu a presidência até o fim do mandato.

Collor tentou voltar à cena política no ano 2000, quando disputou e perdeu a Prefeitura de São Paulo.

Em 2007, ele se elegeu senador pelo PTB de Alagoas. Durante dois mandatos, ou seja, por 16 anos no Senado, apoiou Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. 

Em 2014, Collor foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal das acusações de corrupção, 22 anos depois do impeachment. Mas, a partir daí, o ex-presidente se tornou alvo da Operação Lava Jato. A principal acusação, a de receber mais de 20 milhões de propina da BR Distribuidora, levou a essa condenação agora, no STF.

Em 2022, Collor ainda tentou o governo de Alagoas mas foi derrotado. O mandato de senador terminou no começo deste ano.

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