A Bahia tem um terço da população de São Paulo e três vezes mais homicídio. A criminalidade no estado nordestino atingiu um patamar pior do que tinha o Rio de Janeiro quando sofreu intervenção federal na segurança pública. A violência assusta e afeta a rotina das pessoas.
Lidar com tiroteios tem sido rotina em alguns bairros de Salvador, na contramão da necessidade de funcionamento de serviços públicos e privados essenciais, como o comércio, escolas e ônibus.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília. O governo federal prometeu ampliar o repasse de recursos para a segurança da Bahia.
“Vocês estão vendo cada dia a ação da Polícia Militar, Polícia Civil, em parceria com a Polícia Federal. A equipe do ministro estará conosco esta semana, continuando os trabalhos pela segurança e paz no estado da Bahia”, disse o governador.
Na Bahia, as operações policiais contra o crime organizado têm sido frequentes e já contam com 46 mortos só em setembro. Entre as vítimas, um policial federal.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a polícia da Bahia está entre as que mais mataram durante intervenções oficiais no ano passado, à frente do Rio de Janeiro.
“Não significa que uma solução voltada a essa crise vai resolver o problema. Não se resolve questões de saúde pública, segurança pública e educação pública a curto prazo. São sempre soluções de médio ou longo prazo”, analisou Jorge Melo, especialista em segurança pública.