No Rio de Janeiro, a prefeitura vai tentar novamente cobrar um imposto sobre o transporte por aplicativo, o que pode deixar a corrida mais cara.
Lucas Neto passa 12 horas em frente ao volante. Dos R$ 10 mil que consegue por mês, não fica nem com um terço, após pagamento da taxa paga ao aplicativo e nos custos, como financiamento e combustível. Agora, caso o novo decreto entre em vigor, ele ainda vai ser obrigado a recolher INSS.
“O preço do combustível aumentou, a corrida barateou, o financiamento do veículo aumentou, o aluguel também, e agora a gente ainda vai pagar uma taxa para o governo”, lamentou o motorista.
Para rodar na cidade do Rio, eles também não poderão usar carros com mais de 10 anos de fabricação.
Outra novidade é a cobrança de uma taxa de 1,5% sobre o valor das corridas. A expectativa é arrecadar R$ 20 milhões por mês, que pode aumentar já que a prefeitura não sabe quantos carros operam na cidade.
A última tentativa de regulamentar o transporte por aplicativo na cidade, há dois anos, foi impedida por uma liminar. O novo decreto entra em vigor em 30 dias, se não houver recursos judiciais.
Outras cidades, como São Paulo e Fortaleza, já cobram taxas sobre as corridas de aplicativos.