Os advogados do ex-presidente já sinalizaram que vão acionar o tribunal superior eleitoral para tentar reverter a decisão que tornou Jair Bolsonaro inelegível até 2030. Tem também a última instância, no STF. "Vamos verificar qual é a melhor estratégia possível inclusive recorrer ao Supremo Tribunal Federal”, disse o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho.

Quando o TSE publicar o acórdão do processo, o que vai acontecer somente depois do recesso judiciário, a defesa tem três dias para entrar com embargos de declaração, alegando que houve contradições no julgamento. Mas esse recurso não altera a sentença da corte.

Jair Bolsonaro ainda é alvo de outros 15 processos na justiça eleitoral. Dois deles são considerados os mais graves: o que analisa a concessão de benefícios financeiros dos programas auxílio brasil e vale gás durante período eleitoral, e o que investiga uma suposta rede de desinformação.

O TSE tem dado recados claros de que disseminação de notícias falsas contra as urnas eletrônicas não serão mais aceitas. A cassação dada ao ex-deputado Fernando Francischini, por fake news, rememorada no plenário durante o julgamento de Bolsonaro, e a própria condenação do ex-presidente, vão servir de parâmetro para as demais ações.

O relator, ministro Benedito Gonçalves, pretende colocar em pauta outros processos até novembro, quando deixa o posto de corregedor geral da justiça eleitoral.