A Espanha acelerou as deportações de imigrantes que fugiram em massa do Marrocos para uma cidade na África que é território espanhol.

Foram mais de 8 mil imigrantes em 36 horas, um recorde. Pelo menos 2 mil, menores de idade, como um garoto que se amarrou a garrafas pet para flutuar.

Um guarda civil conta como salvou um bebê do afogamento: "Eu peguei o bebê e meu companheiro pegou a mãe. Ele estava tão molhado, e pálido e frio.... sem olhar para mais nada, eu o suspendi para fora da água e o levei para a praia o mais rápido que pude para que alguém pudesse atendê-lo".

O governo espanhol afirmou que quase 6 mil imigrantes já foram enviados de volta ao Marrocos. Quem tem até 18 anos está em um abrigo improvisado.

Nadando pela costa ou até mesmo pulando a cerca é possível chegar em Cêuta, enclave espanhol que fica no norte da África e faz divisa com o Marrocos.

Por trás do êxodo repentino, uma crise diplomática. A Espanha ofereceu tratamento contra a Covid-19 para um político marroquino que luta pela independência do oeste do Saara. O Marrocos chamou a atitude de facada pelas costas e avisou que haveria retaliação. E ela veio por meio do relaxamento da vigilância na fronteira, que durou dois dias. O controle mais rigoroso foi restabelecido ontem.