No dia seguinte à condenação do policial que matou George FGloyd, o governo americano abriu uma investigação sobre o uso repetido de métodos violentos pela polícia de Mineápolis.
“Hoje podemos respirar de novo”, discursou Philonise, irmão de Floyd. O sentimento de alívio expressado por ele se repetiu em milhares de pessoas que foram às ruas na terça-feira (20) comemorar a decisão de um júri de Mineápolis.
Em diferentes partes do país, manifestantes – incluindo integrantes do movimento Vidas Negras Importam – celebraram o momento em que a sentença do ex-policial Derek Chauvin era anunciada.
Os 12 jurados acolheram de forma unânime as três denúncias da Promotoria - por homicídio culposo, negligencia ao assumir o risco de matar Floyd e provocar o óbito sem consideração pela vida humana.
A imagem de Chauvin asfixiando Floyd por mais de nove minutos correu o mundo e desencadeou as maiores manifestações antirracistas no país desde a década de 60.
Os outros três agentes que participaram da ação vão ser julgados em agosto. Chauvin não demonstrou nenhuma reação ao ouvir o veredito e foi algemado imediatamente. O juiz tem até dois meses para decidir quanto tempo ele ficará preso.
Na Casa Branca, o presidente Joe Biden e a vice, Kamala Harris, também celebraram a decisão. O democrata disse que o histórico julgamento é um passo gigante para a justiça do país, e cobrou os senadores para aprovarem leis que tratam de punições para policiais que abusam do poder.
Nesta quarta-feira (21), o Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação para apurar o uso sistemático de violência e excesso da força pela polícia de Mineápolis, local onde George Floyd foi morto.
No momento em que o ex-policial Derek Chauvin era condenado, um outro caso gerou novos protestos.
Um agente em Columbus, no estado de Ohio, atirou e matou uma jovem de 16 anos no meio de uma briga.
Ma’Khia Bryant estava com uma faca quando foi atingida pelo disparo. O caso ainda está sendo investigado.