Estudantes e pesquisadores do Brasil estão correndo risco de perder bolsas de estudo no exterior.
A Europa fechou as portas para os brasileiros. Por causa da covid-19, apenas viagens consideradas essenciais estão permitidas. Mas isso não afetou apenas os turistas.
Bárbara Honorato levou dois anos até conseguir uma bolsa para estudar criminologia em Madri. Para não perder a oportunidade, ela criou o movimento "Estudar é Essencial", que em menos de dois dias, reuniu 1.300 adeptos pelas redes sociais.
“Todo mundo se programou há muito tempo, já teve gastos econômicos que não são reembolsados. A gente realmente espera que o Itamaraty e o governo, de uma forma geral, amparem os brasileiros, até porque a gente está no nosso direito. A gente não está querendo ir a turismo, está querendo ir a estudo”, explicou a estudante.
Pesquisadores e estudantes que pretendem ir para a França enfrentam o mesmo problema. Em abril, as viagens a estudo deixaram de ser consideradas essenciais, o que levou à suspensão dos vistos para os brasileiros. Com isso, Caio Bonfim também corre o risco de perder o pós-doutorado de imunologia em Paris.
“A gente gostaria que o Itamaraty dialogasse com esses países, porque o conhecimento que a gente tem para trazer para o nosso país no nosso retorno é muito importante e vai contribuir para o desenvolvimento”, pontuou.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que está em contato com autoridades da Espanha e da França para tentar reverter a situação.
