Jornal da Band

Filme reconta o sequestro do voo 375, que quase caiu em Brasília em 1988

Obra traz a história do homem armado que tentou fazer com que piloto jogasse aeronave no Palácio do Planalto

Márcio Campos

“O Sequestro do Voo 375” conta a história real que ocorreu em 1988, quando um homem armado tentou sozinho fazer com que o piloto de um avião jogasse a aeronave no Palácio do Planalto, em Brasília. 

O avião da companhia aérea VASP fazia a rota Porto Velho - Rio de Janeiro quando foi sequestrado. Uma das cenas retrata o momento que o piloto faz uma manobra arriscada, mergulhando em parafuso para depois pousar o avião. 

Rhebling Junior, diretor de fotografia, fala da produção do filme. “Foi maravilhoso porque cada um tinha uma reação, uns ficavam assustados, outros riam, outros não sabiam o que fazer com a gravata que grudava no rosto, o cabelo que grudava no rosto. Foi sensacional. Foi muito bom”, celebra. 

Segundo Rafael Ronconi, diretor de arte, toda a fuselagem do avião não existia. “A gente teve que criar todo esse esqueleto envolta do avião pra poder segurar as peças no teto e depois uma fixação mais especial ainda para a hora que fosse girar,”, explica. 

Com o investimento de R$ 15 milhões, a produção se une às grandes produções do cinema nacional. E o único lugar no Brasil capaz de gravar o projeto com essa dimensão é em São Bernardo do Campo, nos pavilhões e estúdios da PRH-9 Produções, espaço que abrigou os estúdios Vera Cruz. 

Joana Henning, produtora do filme, elogia o local. “ A gente tem aqui uma grandiosidade técnica a nível global, a gente tem um filme de ação que por si só é um gênero bem complexo e a gente tem uma equipe 100% brasileira, com uma história totalmente nacional e com um nível de competência de produção e de pós produção que não deixa a desejar para nenhum concorrente mundial, vamos dizer assim”, analisa. 

O filme é previsto para estrear no fim de 2023 e é uma parceria da Disney com a produtora Estúdio Escarlate. Com direção de Marcus Baldini, o mesmo de “Bruna Surfistinha” e “Os Homens São de Marte”. 

“Eu acho muito legal a ideia de fazer um filme de gênero que conte uma história tão brasileira, que fala sobre o país, sobre as pessoas, sobre o inconsciente coletivo, de um povo que se sente traído pelos governantes, todos esses temas são muito interessantes”, diz Marcus. 

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