Jornal da Band

Governo de São Paulo anuncia fim dos livros impressos para 2 milhões de alunos

Governo de São Paulo abriu mão de cerca de R$ 120 milhões em verbas federais para a aquisição de livros didáticos impressos

Da redação

Governo de São Paulo recusa livros didáticos do governo federal
Governo de São Paulo recusa livros didáticos do governo federal
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Tem polemica na sala de aula de São Paulo. Acontece que dois milhões de alunos da rede pública estadual deixarão de receber livros impressos em 2024. A mudança começará com estudantes a partir do 6º ano, que terão o material didático composto por livros impressos e digitais.

Para os alunos do ensino médio, o material será 100% digital, tudo produzido pelo próprio governo de São Paulo. 

Hoje, as redes municipais e estadual escolhem os livros no catálogo do Ministério da Educação e recebem o material do governo federal, gratuitamente, mas o governo paulista não aderiu ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Com isso, abriu mão de verba federal de cerca de R$ 120 milhões.

“Hoje, com o material digital, consegue entregar tempestivamente, consegue entregar um material mais interessante, um material mais interativo e um material que desperta interesse dos alunos”, explicou Eduardo Vinicius Neiva, secretário-executivo de Educação de São Paulo.

A decisão, segundo a Secretaria de Educação, é para uniformizar o conteúdo das mais de 5 mil escolas do estado. Por outro lado, o modelo adotado pela gestão paulista recebe críticas de entidades do setor da educação.

“Seria importante que uma medida como essa começasse com alguns pilotos, em menos escolas e turmas, que essa iniciativa fosse avaliada com seus impactos, inclusive para poder entender qual é a melhor forma de implementação”, disse uma representante da ONG Todos pela Educação.

O governo diz que investiu em computadores e equipamentos para as escolas, mas não especificou quantos e para quais unidades. A gestão também diz que autorizou a impressão do material para entregar a alunos de escolas que ainda não estejam equipadas.

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