O governo federal entregou nesta quarta-feira (30) ao Congresso o plano de investimentos para os próximos quatro anos. A entrega ocorre em meio à polêmica do Executivo ter a capacidade de zerar o déficit público em 2024.
O plano, que vai de 2024 a 2027, quando acaba o mandado de Luiz Inácio Lula da Silva, tem, entre outras prioridades, o combate à fome, atenção à educação básica, saúde, reindustrialização e o novo PAC. Cerca de 1,5 milhão de pessoas puderam dar sugestões e o documento foi entregue por Lula ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
O governo precisa do apoio do legislativo para as prioridades saírem do papel. “Posso dizer, companheiro Pacheco, leia esse material porque tenho certeza que você irá aprender o significado da qualidade da participação popular”, disse Lula, na entrega.
As ações demandam investimentos de mais de R$ 13 trilhões até 2027. O lançamento coincide com a polêmica dentro do governo, em que a ala política defende que o orçamento não preveja déficit zero nas contas federais, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, bateu o pé e recebeu o apoio de Lula.
A nova regra fiscal aprovada pelo Congresso tem o compromisso de terminar 2024 no azul. Alguns ministros e a direção do PT queriam que Haddad mudasse a meta para 2025, assim o governo poderia gastar mais. O orçamento de 2024 deve ser apresentado na quinta-feira (31). Simone Tebet, ministra do Planejamento, acredita que é possível zerar o déficit. "Receitas menos despesas deu zero. Ou seja, nos conseguimos com isso zerar o déficit e entrar na meta fiscal de zero de déficit fiscal pro ano de 2024", afirmou.
