O Comandante da Marinha, Marcos Olsen, reagiu a uma proposta em discussão na Câmara que inscreve o líder da Revolta da Chibata, João Cândido, no livro dos Heróis da Pátria.
Na justificativa do Senador Lindbergh Farias, autor da proposta, João Cândido é reconhecido pelo movimento negro como um representante da luta por justiça e direitos humanos. A Revolta da Chibata, também conhecida como a Revolta dos Marinheiros, foi iniciada por militares em 1910 por melhores condições de trabalho e contra o castigo físico que incluía a aplicação de chibatadas.
Em documento enviado à Comissão de Cultura, o Comandante da Marinha, Marcos Olsen, disse que homenagear João Cândido seria o mesmo que transmitir à sociedade e, em particular, aos militares, a mensagem de que é lícito recorrer as armas para reivindicar suposto direito individual ou de classe. O projeto já foi aprovado pelo Senado e aguarda análise na Câmara.