Ao longo de uma operação contra fraude de impostos, autoridades de São Paulo chegaram a uma mulher que já foi listada uma das pessoas mais promissoras do Brasil: Roberta de Almeida Carvalho. Ela é acusada de manipular notas fiscais na venda de barcos e iates.
Também estão na mira do fisco empresários e executivos que compraram barcos de luxa de uma das principais empresas do mercado no país, a Falcon Estaleiros do Brasil. Empresas ligadas ao grupo também foram alvos de ordens de busca e apreensão em São Paulo.
Em um dos endereços, policiais tiveram que escalar a sacada para entrar no apartamento de Roberta, a CEO da Falcon, de 27 anos. A executiva já esteve em uma lista da revista Forbes de jovens mais promissores, mas hoje é investigada por sonegação fiscal.
Ela é apontada como uma das responsáveis por um esquema de venda de iates com notas subfaturadas por meia de empresas de laranjas, resultando em um prejuízo de quase R$ 550 milhões em impostos estaduais e federais que não foram recolhidos.
“É um valor que deveria estar em uma escola, na saúde, na segurança pública. E ele está no bolso de alguém que se aproveita da situação”, diz Carlos Augusto Gomes, diretor de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de Dívida da Secretaria da Fazenda de São Paulo.
O próximo passo das autoridades é rastrear o dinheiro sonegado e apontar a responsabilidade de cada envolvido nas fraudes.
Como os valores dos iates eram subfaturados nas notas, os compradores que também teriam vantagens fiscais com o esquema estão sendo investigados.
A Falcon Estaleiros afirmou que as acusações são infundadas e que trabalha para provar na Justiça a legalidade de suas operações.