Um relatório de quase 300 páginas produzido de forma independente revela que a Igreja Batista dos Estados Unidos escondeu mais de 700 casos de abuso sexual.
O documento aponta que os abusos foram cometidos por religiosos da Convenção Batista do Sul, a maior congregação protestante dos Estados Unidos, com 13 milhões de membros.
Mesmo após a investigação, centenas de pastores acusados de agressão continuaram com suas funções dentro da igreja.
Após 7 meses de apuração, o relatório, feito após a pressão dos fiéis, confirmou que funcionava dentro da Igreja Batista aqui nos Estados Unidos um esquema para acobertar os líderes religiosos acusados de abusos.
Para evitar que a igreja e seus pastores fossem responsabilizados, vítimas dos molestadores foram ignoradas ou confrontadas por quase duas décadas pela cúpula da Convenção Batista que negava o crime.
Após a confirmação do escândalo, o presidente da igreja, Ed Litton, disse que sente pelas vítimas e anunciou uma ampla reforma na conduta e protocolos internos.
Os líderes protestantes sempre resistiram com comparações com a crise de padres pedófilos da igreja Católica, argumentando que o total de casos de abuso entre os batistas do sul era pequeno.
Como muitos desses casos prescreverem, ou seja, estão fora do prazo em que os agressores poderiam ser denunciados à Justiça.