Depois de 8 anos e 10 meses, vai começar nesta quarta-feira (1) o julgamento sobre a tragédia da Boate Kiss. Familiares de algumas vítimas saíram de Santa Maria nesta terça (30) e foram até Porto Alegre, onde vai acontecer a análise do caso, no Fórum Central.
O encontro foi em frente à catedral da cidade. Para cada uma das 242 vítimas, um balão branco foi solto.
Flávio perdeu a filha de 22 anos e preside a associação que representa as famílias. Ele diz foi surpreendido com a convocação para ser testemunha da defesa de um dos donos da boate.
Os familiares embarcaram para uma viagem que deve demorar cerca de 15 dias - tempo previsto para o julgamento.
Às 9 horas desta quarta, haverá o sorteio dos jurados. Ao todo 150 pessoas foram chamadas, mas só 7 entrarão para o conselho de sentença. Eles vão avaliar o caso inclusive aos sábados e domingos.
No banco dos réus estarão os dois sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha, da banda Gurizada Fandagueira. O uso de um artefato pirotécnico durante apresentação do grupo musical causou um incêndio de grande proporções. A defesa tentará absolvê-los das acusações ou enquadrá-los no crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, que tem pena menor do que o homicídio doloso, quando se assume a responsabilidade de matar.