Juliana Rosa: corte da Selic já era esperado, mas decisão do BC traz novidade

Comentarista de economia do Jornal da Band afirma que BC deu sinais de desaceleração dos cortes no futuro

Da Redação

Juliana Rosa, comentarista de economia do Jornal da Band, analisou a decisão do Banco Central em cortar a taxa Selic de 11,25% para 10,75% nesta quarta-feira (20). Segundo a especialista, apesar de o corte já ser esperado, o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe uma novidade em comparação com os anúncios anteriores. 

“O Banco Central avisou que não vai mais se comprometer com esse ritmo de corte de juros nas próximas reuniões. Ele retirou o plural ‘próximas reuniões’e usa o singular, apenas na próxima reunião, em maio, pretende cortar nesse ritmo de meio ponto percentual”, disse Juliana Rosa. 

O corte desta quarta-feira é o sexto corte seguido desde agosto de 2023, quando a autarquia interrompeu pela primeira vez o ciclo de aperto monetário. 

Apesar da tendência de desaceleração, Juliana ressalta que o brasileiro não precisa se preparar para um novo ciclo de alta nos juros. 

“Isso não significa que em junho o Banco Central vai cortar menos e muito menos parar de cortar, porque o nível dos juros ainda tá muito alto. O Banco Central mostra que está mais preocupado com a inflação de serviços, cabeleireiro, empregado doméstico, e quer calibrar bem esse ritmo de corte de juros para garantir inflação menor este ano”, disse. 

É esperado que, caso a inflação siga nos mesmos níveis, a Selic pode chegar a 9,75% até o fim de 2024. A taxa básica de juros da economia, também conhecida como taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), influencia outras taxas de juros do país, como as de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

Mais notícias

Carregar mais