A água da Lagoa dos Patos avançou sobre as ruas e as casas em Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul. Na região, resta a correria da população para salvar o que dá. O mercado público da cidade foi invadido. Logo em frente, a equipe do Jornal da Band flagrou até um leão-marinho.
Perto da orla, há uma área de calçadão, onde as pessoas costumam passear. Tudo foi tomado pela água, que também entrou nos comércios e se aproxima de um hospital, onde estão internadas 110 pessoas. O centro cirúrgico, no térreo, foi desativado. A direção diz que há medicamentos e suprimentos por 10 dias.
A mais antiga refinaria de petróleo do país, em Rio Grande, paralisou as atividades por medida de segurança. Na cidade, há filas de carros por abastecimento. Poucos postos ainda têm gasolina.
A Lagoa dos Patos recebe água da chuva de metade do estado. É uma grande bacia hidrográfica. Todo volume do Lago Guaíba, por exemplo, vai para a lagoa. Se ela transbordar, inundará cidades que ficam nos arredores. O único ponto de saída para o oceano é um pequeno canal.
Quanto mais rápido essa água toda for para o oceano, melhor é para os gaúchos castigados pelas enchentes, mas isso depende do vento.
Nesta sexta-feira (10), a corrente de vento veio do nordeste, que empurra a água para dentro do continente. Nos próximos dias, o vento virá do sul, o que também represa as águas dentro da lagoa. O ideal seriam ventos do noroeste, que ajudariam a jogar a água para o oceano.