Começou a valer nesta sexta-feira (2) uma lei que pode facilitar a vida para quem está endividado - e não é pouca gente. As informações são do Jornal da Band.

É o caso de Abel Tomagnini. Aposentado há 12 anos, ele passa um sufoco danado na hora de pagar as contas. Já nem sabe mais quantas vezes precisou pegar um empréstimo para quitar as dívidas.

“Vou precisar de mais ou menos R$ 1 mil, porque eu estou com problema de visão”, conta. “Só as lentes vão ficar mais ou menos esse preço.”

O primeiro semestre de 2021 terminou com quase 70% das famílias brasileiras com alguma dívida. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, este é o maior patamar de endividamento desde o início da série histórica, em 2010.

O percentual de pessoas com pagamentos atrasados subiu de maio para junho e superou 25%. Para tentar evitar que os números negativos cresçam ainda mais, entrou em vigor a lei que atualiza o Código de Defesa do Consumidor.

A lei sancionada pelo Palácio do Planalto prevê audiências de negociação entre credores e devedores, cria instrumentos para conter ofertas abusivas de crédito a idosos, e inclui regras para prevenir o superendividamento dos consumidores.

Para quem está endividado, o melhor a fazer é se organizar. “É buscar uma fonte de financiamento mais barato”, explica o educador financeiro Carlos Eduardo Costa.

“(Se) eu estou devendo cartão de crédito, cheque especial, cujas taxas de juros são muito altas, vou buscar um empréstimo pessoal ou um empréstimo consignado, cujas taxas são mais baixas. Quanto mais baixa a taxa, mais fácil vai ser para resolver aquele problema”, explicou.