Lula cobra mais ajuda financeira de países ricos para a preservação da Amazônia

Presidente discursou no encerramento da Cúpula da Amazônia, em Belém

Cácia Medeiros

No último dia da Cúpula da Amazônia, o presidente Lula cobrou ajuda financeira dos países ricos para a preservação da floresta.

Está no Brasil mais da metade do território da maior floresta tropical do mundo. 50 milhões de pessoas vivem nos 8 países que detêm o bioma essencial para o equilíbrio do clima no planeta. 30 milhões só no Brasil. 

No encerramento da Cúpula da Amazônia, em Belém, o presidente Lula cobrou mais participação dos países ricos no custeio da preservação desse ecossistema.

“Dizer ao mundo rico que se quiserem preservar efetivamente o que existe de floresta é preciso colocar dinheiro. Não apenas para cuidar da copa da floresta, mas para cuidar do povo que mora lá embaixo, que quer trabalhar, estudar, comer, passear, viver decentemente. É cuidando desse povo que a gente vai cuidar da floresta”, disse.

Lula passou o dia em encontros bilaterais, com o presidente da Conferência do Clima que vai acontecer em Dubai, no fim do ano, e com representantes de países africanos e da Indonésia, que também abrigam florestas tropicais. O último dia da cúpula foi de repercussões sobre a declaração de Belém.

O documento não define meta comum contra o desmatamento na região. 

O veto à exploração de petróleo, defendido pelo presidente da Colômbia, também ficou de fora. Houve avanço na cooperação para combater crimes ambientais e o tráfico de drogas, com um centro internacional a ser criado em Manaus. 

A retomada do diálogo entre os países é o principal avanço, depois de 14 anos sem reuniões. A organização do tratado de cooperação amazônica agora pretende ser um instrumento para a preservação e o desenvolvimento sustentável da região.

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