Manifestantes pressionam governo israelense por cessar-fogo com o Hamas

Benjamin Natanyahu enfrenta os maiores protestos desde o ataque do Hamas, no ano passado

Eduardo Barão

O primeiro ministro de Israel enfrenta os maiores protestos desde o ataque do Hamas, no ano passado. Manifestantes acusam o governo de não agir para salvar os reféns.

Cerca de 700 mil israelenses foram às ruas para pressionar o governo a assinar um cessar-fogo com o Hamas. Após o fracasso das tratativas anteriores, um novo acordo está sendo costurado pelos Estados Unidos em conjunto com o Egito e o Qatar. 

A mobilização da opinião pública israelense cresceu depois da descoberta que seis reféns foram mortos quando as forças militares de Israel se aproximaram do cativeiro em Gaza. 

Cinco desses reféns haviam sido sequestrados no festival de música eletrônica invadido pelo Hamas em sete de outubro do ano passado, quando o grupo atacou Israel e matou 1,2 mil pessoas.

Israel também enfrenta uma greve geral. Empresas, escolas e aeroportos foram afetados.A aliança entre diferentes setores revela o nível de insatisfação com a condução da crise pelo premiê Benjamin Netanyahu.

Dos capturados, 154 já foram soltos e 101 ainda são mantidos prisioneiros. Ao menos 35 morreram. 

Sem avanço no acordo de paz proposto pelos Estados Unidos, o presidente americano Joe Biden subiu o tom e disse que Netanyahu não está fazendo o suficiente para resolver o problema. Os dois líderes conversaram hoje por telefone e Netanyahu disse que as afirmações de Biden são "perigosas". 

O primeiro ministro-israelense alega que a guerra só pode terminar com a destruição do Hamas, e que, para isso, é preciso seguir com operações militares no território palestino.

Por outro lado, o Hamas já disse que só irá devolver os reféns depois de um cessar-fogo permanente, e não temporário. 

Após a pressão nas ruas, Netanyahu pediu perdão por não salvar os reféns e pediu que acreditem no plano para recuperar os que ainda estão em cativeiro.

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