Milhares de hospitais e postos de saúde na Inglaterra estão com os serviços bastante reduzidos com a greve de médicos. A estimativa é que cerca de 350 mil consultas e operações sejam canceladas até o fim da greve. São cerca de 45 mil médicos que aderiram à paralisação, que vai durar por quatro dias.
Até mesmo atendimentos urgentes estão afetados e a recomendação do próprio sindicato dos médicos é que a população evite atividades consideradas perigosas para não correr o risco de precisar de atendimento.
Ligar para ambulâncias, só em casos considerados extremamente graves.
O pedido é por um aumento salarial de 35%. Os médicos afirmam que nos últimos 15 anos, os salários sempre foram corrigidos abaixo da inflação. Os mais jovens chegam a ganhar 14 libras por hora, cerca de R$ 86 - um valor menor do que em outras categorias bem menos especializadas costumam receber. Em Londres, seguranças e babás ganham mais do que isso.
O Ministro da Saúde, Steve Barclay, disse que 35% de aumento salarial é algo fora da realidade, mas que aceita negociar com os grevistas.
O governo britânico enfrenta muita pressão de diversas categorias por aumento salarial. A inflação no período de 12 meses está acima de 10%, a mais alta em 40 anos.
O Brexit, a pandemia e a guerra na Ucrânia, afetaram muito a economia do Reino Unido. Não há dinheiro para atender todas as demandas.