Medo de propostas radicais foi razão para Massa vencer 1º turno na Argentina

Atual ministro da economia e candidato do peronismo terminou com 36% dos votos, ante 30% de Javier Milei

Por Sérgio Gabriel

O medo de propostas radicais e pouco claras foi mais importante para o eleitor argentino do que a crise econômica, com inflação anual de 138% e taxa de pobreza em 40%, na hora de votar. Por isso, Sérgio Massa, atual ministro da Economia, venceu com 36% ante 30% do segundo lugar, Javier Milei. 

Agora, Massa se reúne com a equipe e tenta evitar o agravamento da crise pelos próximos 30 dias, até o segundo turno. Os jornais desta segunda-feira (23) expressam a surpresa: a maioria das pesquisas indicava Massa em segundo lugar. 

Aqui no Ministério da Economia, Sérgio Massa deu a primeira entrevista depois da eleição. Falou sobre economia e as alianças que pretende fazer para o segundo turno. O governo vai aumentar a fiscalização sobre o câmbio. Massa também afirmou que vai atrás dos votos dos candidatos derrotados e que pretende fazer um governo de unidade nacional.

Javier Milei, do partido Liberdade Avança, apontado como favorito pelas pesquisas, teve praticamente o mesmo número de votos das prévias, 30%. Ele propõe dolarizar a economia e atacou alguns símbolos argentinos, como a educação e a saúde gratuitas, e até o papa Francisco. No discurso depois da eleição, Milei lembrou o crescimento do partido dele no Legislativo.  E disse que será candidato contra o kirchetmrinismo.

Patrícia Bullrich, da coalizão de direita Juntos pela Mudança, ficou com quase 24%. E já disse que não vai apoiar publicamente nenhum dos candidatos. O segundo turno na Argentina será em 19 de novembro. 

Durante o fechamento das urnas, Eduardo Bolsonaro (PL) foi interrompido durante uma entrevista a um canal argentino. Ele defendia o armamento da população argentina. 

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