A reforma das aposentadorias na França passou pela última etapa, o conselho constitucional do país, equivalente à suprema corte. E a vitória de Emmanuel Macron nos tribunais ampliou a revolta da população francesa nas ruas.
Milhares de pessoas protestaram contra a decisão do conselho constitucional de validar a reforma da previdência aprovada há um mês pelo presidente, mesmo sem a votação no Congresso.
Em Paris, lixeiras bloquearam as vias e algumas foram incendiadas. A polícia usou bombas de gás para tentar conter as manifestações.
A decisão da corte é uma vitória importante para o presidente Emmanuel Macron, que tem sofrido com os protestos dos últimos meses e as baixas taxas de aprovação do seu segundo mandato.
O governo tem agora duas semanas para promulgar a lei. A partir de setembro, os franceses que já teriam idade para se aposentar, vão precisar trabalhar mais três meses.
Oficialmente, a idade agora para se aposentar na França é de 64 anos, numa transição que se fará até 2030.
Além de aprovar os principais tópicos da reforma previdenciária, a corte também rejeitou um pedido para determinar a realização de um referendo.
A oposição afirmou que vai continuar nas ruas. Macron convidou para uma reunião na próxima terça-feira os principais líderes sindicais do país, na esperança de que os protestos tenham fim.