O novo governo de Lula pode contar com até 35 ministérios. depois de confirmar cinco ministros nesta sexta-feira (9), o presidente eleito deve anunciar novos nomes na segunda-feira (12).
O presidente eleito não teve agenda pública neste sábado. Ele se reuniu apenas com Gleisi Hoffman, presidente do PT e Aloizio Mercadante, coordenador técnico da transição. Em discussão, o tamanho que a Esplanada dos Ministérios vai ter no seu terceiro mandato. Em menos de 24 horas, o martelo será batido
Atualmente, a gestão Bolsonaro tem 23 ministérios e secretarias com status ministerial. Um desenho preliminar feito pelo grupo de transição prevê que a partir do ano que vem, o governo do PT pode contar com até 35 pastas. O atual Ministério da Economia, por exemplo, vai ser dividido em três: Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.
O setor do agro da transição está dividido. Lula prometeu recriar o Ministério da Pesca, mas tem sido aconselhado pela senadora Katia Abreu em manter a área como secretaria. A ex-ministra tem apoio dentro do grupo de trabalho. Porém, é certo que além do ministério da Agricultura, haverá também o Ministério da Agricultura familiar e Alimentação Saudável.
Na área da Cultura, a cantora baiana Margareth Menezes, foi convidada para assumir o ministério. O nome dela não é unanimidade dentro do PT, mas integrantes do grupo de transição afirmam que a cantora já topou assumir o cargo.
Nesta sexta-feira (9), Lula anunciou os cinco primeiros ministros. O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad na Fazenda, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino na Justiça. Rui Costa, governador da Bahia, na Casa Civil. O ex-ministro José Múcio Monteiro na Defesa. E nas relações exteriores, o embaixador Mauro Vieira, que já ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff.
Na semana que vem, depois da diplomação, que acontece na segunda-feira (12), Lula deve apresentar pelo menos mais dez ministros.
Outro ponto de atenção do novo governo, a PEC da transição, estará na Câmara esta semana. A missão é manter o valor aprovado no Senado. Com R$ 145 bilhões, dentro do teto de gastos, para bancar o Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 por criança de até seis anos.
O presidente da Câmara Arthur Lira, está fechado com Lula na PEC, e vai se encontrar com os líderes dos partidos na terça para garantir que isso aconteça.
Mas o PL, partido de Bolsonaro, já adiantou que trabalha para diminuir o valor pra R$ 100 bilhões.