Um novo remédio que retarda o avanço do Alzheimer está sendo considerado um ponto de virada no tratamento da doença. O medicamento ainda é experimental.
Um ciclo de constantes frustrações de médicos e pacientes foi quebrado. Nunca a ciência tinha conseguido desenvolver um remédio que apresentasse resultados contra os sintomas do Alzheimer.
A droga desenvolvida é um anticorpo que 'avisa' o nosso sistema imunológico para atacar a proteína chamada beta-amiloide. Essa proteína se acumula nos espaços entre os neurônios no cérebro das pessoas que tem Alzheimer.
O Lecanemab foi capaz de reduzir o declínio cognitivo em 27% dos voluntários -- na comparação com o grupo que tomou placebo. No entanto, hemorragias e inchaços cerebrais foram registrados em 13% das pessoas.
O estudo contou com quase 1.800 voluntários em várias partes do mundo. Eles tinham entre 50 e 90 anos e estavam no estágio inicial da doença. As pesquisas foram lideradas por uma empresa americana e outra japonesa.
Apesar do resultado modesto e dos efeitos colaterais, cientistas estão animados com a descoberta. Agora, eles já sabem onde devem agir para retardar os sintomas do Alzheimer. Ainda não há uma data para quando o remédio - que é intravenoso e administrado a cada duas semanas - estará disponível para população.