Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu armas de fogo, facões joias, um carro e R$ 5 mil em espécie da casa de um policial militar investigado.
Agentes públicos, cinco agentes penitenciários, além de dos policiais militares foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense. No total, foram expedidos 10 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.
Entre os alvos de busca está a delegada Ana Lúcia da Costa Barros, esposa de um dos agentes penitenciários. Ela teria entrado no banco de dados interno da corporação para ter acesso a informações sigilosas de inquéritos contra milicianos.
As investigações apontam que os agentes públicos têm ligação direta com a maior milícia do Rio, repassando informações privilegiadas, principalmente de operações contra grupos rivais. Há também a suspeita de que os policiais chegaram a deslocar milicianos com escolta das próprias viaturas da corporação.
A investigação começou em abril do ano passado, na casa de Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça. Segundo a polícia, ele era responsável pela gestão dos valores da quadrilha e um dos principais homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho do ano passado. Hoje, o grupo paramilitar é comandado pelo irmão dele, Luiz Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', ainda foragido.
Zinho seria o "homem de cima" citado em conversas dos agentes públicos alvos da operação. Os recursos milionários da quadrilha têm como origem vários crimes e ajudam a montar o que os presos chamam em conversas privadas de um "exército" que beneficie a quadrilha.