Mesmo depois da recaptura de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, as investigações continuam sobre a fuga no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A Polícia Federal (PF) quer entender quem está por trás da rede que forneceu apoio aos criminosos.
A PF acredita que as facções davam suporte aos detentos e que cooptavam moradores como intermediários.
Os fugitivos só foram presos depois de 50 dias, após operação que custou R$ 6 milhões aos cofres públicos, a mais de 1,6 mil km de Mossoró. Os valores incluem despesas com passagens, diárias, combustível, manutenção e operações aéreas.
Os investigadores conseguiram rastrear um Pix de de R$ 5 mil para a dupla. O valor foi transferido por um morador do Complexo do Alemão, no Rio De Janeiro, comunidade dominada pelo Comando Vermelho, e chegou à conta de um mecânico em Baraúna (RN), no Rio Grande Do Norte, que entregou o dinheiro para os fugitivos.
Os fugitivos foram presos graças ao trabalho de inteligência da PF e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ligações de Rogério para a avó foram vitais para identificar onde eles estavam. Os carros que levavam os detentos eram monitorados e foram abordados em marabá, no Pará. Outras quatro pessoas foram presas.
A investigação apontou ligações do Comando Vermelho com o Sindicato do Crime, uma facção local atuante em Baraúna e Aquiraz (CE). A Secretaria Nacional de Segurança Pública diz que trabalha para desestruturar a atuação das facções nos presídios brasileiros.