Acelerador de partículas brasileiro traz avanços sobre ponto fraco do coronavírus

Pesquisa da USP foi a primeira no País a utlizar a teconologia do Sirius

Tiago Prudente, do Jornal da Band

Cientistas do interior de São Paulo encontraram um ponto fraco no coronavírus, que pode impedir que ele se reproduza no corpo humano.

O estudo revelou detalhes inéditos da replicação do vírus nas células. Cientistas da USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos conseguiram identificar o passo a passo de como ele se reproduz.

“Ele dá detalhes de cada uma das etapas que você poderia copiar para tentar impedir o coronavírus de formar novos vírus e ele se replicar”, explica o pesquisador André de Godoy.

Com a identificação desses possíveis pontos fracos do coronavírus, a ciência será capaz desenvolver novas terapias para deter o avanço da doença no organismo.

A pesquisa foi a primeira a usar o acelerador de partículas brasileiro Sirius.

Foi nessa linha de pesquisa, a primeira de 14 planejadas com a tecnologia, que essa descoberta foi feita. Pesquisadores observaram amostras de partes microscópicas do coronavírus expostas a luz sincrotron para enxergar o que era impossível no Brasil até pouco tempo.

“O Sirius foi fundamental, porque a gente juntou várias competências para conseguir entregar um monte de luz para as amostras deles. Isso só se compara ao que os usuários têm em laboratórios lá fora. Dois ou três têm essa capacidade”, exaltou Ana Carolina Mattos, coordenadora do Sirius.

Em um mundo de amostras que tem um decimo do tamanho de um fio de cabelo, as descobertas são enormes. Do tamanho do aparato desse enorme microcopio, o Sirius, o "Maracanã da ciência brasileira".

Mais notícias

Carregar mais