Jornal da Band

Por que banhistas não afundam nos “fervedouros” do Jalapão? Entenda o fenômeno

Com águas quentes e cristalinas, os fervedouros do Jalapão que formam piscinas naturais existem por causa de um dos maiores aquíferos do país na região

Da redação

Uma das muitas maravilhas do Jalapão são as piscinas naturais, também conhecidas como “fervedouros”, onde os banhistas não afundam. Essas belezas no meio do cerrado tocantinense estão entre os destaques da reportagem exibida pelo Jornal da Band sobre a região.

Com águas quentes e cristalinas, os fervedouros surgem da nascente de um rio subterrâneo.

“Aqui na região, a gente tem uma coisa que chama ‘Urucuia’, que é o segundo maior aquífero da região e o segundo maior do Brasil. A água do doce fervedouro vem justamente desses aquíferos”, explicou o guia turístico Gervásio Mascarenhas.

O fenômeno e preços

A pressão dos gases submersos na água provoca um fenômeno chamado “ressurgência”, o que faz com que as pessoas não afundem.

“Tem gente que chega com choro porque nunca viu um trem desse. Já outros fica com medo de entrar porque a areia dá uma sensação no pé. Aí tem um bocado de gente que assustada. Sempre há as pessoas que não têm costume de entrar”, comentou Lino Ribeiro Barbosa, dono de fervedouro.

Os fervedouros do jalapão ficam em propriedades privadas. O preço da visita varia entre R$ 15 e R$ 50 para cada pessoa. Em geral, os banhos são permitidos por até 30 minutos.

“É porque estava lá, fechado e estavam sem ganhar dinheiro. Aí viu que estava dando muito movimento. Vamos mexer, vamos abrir o turismo, porque vai que é bonito. Na verdade, nós não sabíamos como que era. Viu que era bonito e começou a divulgar”, pontuou Santo Júnior, dono de fervedouro.

Na entrevista, Sandro se referiu à limpeza do fervedouro, quando partes mortas da vegetação que encobre a piscina é retirada. A partir disso, o local fica pronto, bonito e refrescante para banho.

Banhos noturnos

Também há possibilidade de banhos noturnos nos fervedouros, mas não para qualquer um. Um turista, por exemplo, hospedou-se numa pousada que permite nadar à noite.

“Então, tem bem menos gente. A gente não consegue aproveitar com mais liberdade quando tem muitas pessoas. Elas precisam controlar a quantidade de tempo e quantas pessoas podem entrar. Agora, que não tem ninguém, então eu posso ficar só para mim, o tempo que eu quiser”, disse a metroviária Glaucylayde Santos.

Cachoeiras

Além das piscinas naturais, cachoeiras de água cristalina também entram no roteiro dos turistas. A Cachoeira do Formiga impressiona pela transparência. São cerca de 150 visitantes todos os dias.

“Eu conheço vários lugares no Brasil, mas dessa tonalidade, com essa temperatura de agua, não. Então, por enquanto, é só daqui uma semana”, comentou a gerente comercial Claudia Cardim.

Reportagem anterior

Na nova série do Jornal da Band, o protagonista está no Tocantins. Trata-se do Jalapão, um paraíso no coração do Brasil marcado por dunas, cachoeiras e piscinas naturais. Lá, o canto das araras anuncia que a preservação ambiental reina. Abaixo, veja a primeira reportagem!

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