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Pouco treinamento e armas pesadas com criminosos: rotina aumenta riscos de mortes de PMs

Só no estado de São Paulo foram 49 mortes em 2020, um crescimento de 44%

Da Redação, com Jornal da Band

Quase 200 policiais militares foram assassinados em serviço em todo o Brasil, em 2020. É um profissional que lida com o perigo o tempo todo.

A rotina dos policiais militares é cercada de riscos. Todos os dias eles entram nas viaturas sem saber o que os espera. 

Em 2020, 194 PMs foram mortos no país - um aumento de 12% em comparação com o ano anterior. Só no estado de São Paulo foram 49 mortes, um crescimento de 44%.

“O grande risco aparece principalmente nas abordagens de pessoas. As vezes, pessoas aparentemente inocentes pode ser fonte de muito perigo para os policiais. Não existe abordagem sem risco”, explica José Vicente da Silva Filho, coronel reformado da PM de SP.

A grande quantidade de armas pesadas nas mãos dos criminosos torna o trabalho ainda mais desafiador. Para o coronel reformado da PM, o melhor caminho para minimizar os riscos é o treinamento.

“Em São Paulo, o policial é preparado na academia por dois anos. Mas tem estado que os policiais treinam não dois anos, mas apenas três meses”, alerta.

Em São Paulo, no caso mais recente, um policial morreu após ser arremessado para fora do veículo. A viatura estava em uma perseguição em Osasco, quando foi atingido por outra viatura. O tenente Leonardo Fineli Tavares, de 25 anos, chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. Outros dois PMs ficaram feridos.

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