Fazer mais pela educação gastando menos dinheiro público é possível. E tem cidade mostrando que isso é possível.
Cada aluno em uma sala de aula custa cerca de R$ 7,2 mil por ano. Só que tem algumas prefeituras por aí gastando menos e obtendo melhores resultados. É o caso de Mucambo, um pequeno município do Ceará.
“É um trabalho que envolve a participação de todos, estreitando os laços com a comunidade escolar, estando atento ao progresso de cada estudante”, explica o secretário de educação de Mucambo, Carlos Gomes.
E o Ceará, têm se destacado em eficiência na educação. 71% das cidades do estado têm registrado altos resultados no índice de desenvolvimento da educação básica, com baixos custos.
Essa foi a fórmula analisada pelo Instituto Áquila para medir se o dinheiro está sendo bem aplicado. Mucambo, por exemplo, gasta R$ 686 por aluno, por ponto do Índice de Desenvolvimento da Educação Báscica (Ideb).
“Essas escolas, possivelmente, conseguiram trabalhar, ao mesmo tempo, a qualidade do ensino e a qualidade do gasto”, analisou Leonardo Rischele, consultor-sócio do Instituto Áquila.
Entre as capitais, Teresina, no Piauí, é a mais eficiente. São R$ 844 gastos por aluno, por ponto do Ideb. Mas este índice revela que existe uma desigualdade muito grande no Brasil.
Já Porto Alegre (RS) é destaque negativo. Gasta R$ 3052 por aluno, por ponto do Ideb. Uma diferença de 261% em relação a capital do Piauí.
“Há um desequilíbrio muito grande, principalmente porque há desperdício. Muitas vezes eu invisto bastante na minha educação, invisto em professores, mas não invisto na forma correta”, explicou Rischele.
A educação é um dos cinco pilares avaliados no Prêmio Band Cidades Excelentes, uma parceria do Grupo Bandeirantes de Comunicação com o Instituto Áquila. Todos os municípios do país estão inscritos automaticamente e podem apresentar projetos para se destacar. O prêmio contempla boas práticas da gestão pública para incentivar melhorias.
Para mais informações é só acessar: band.com.br/cidadesexcelentes
