A Polícia Federal diz que um dos alvos de uma investigação sobre ataques terroristas no Brasil confessou ter sido recrutado pelo Hezbollah - o grupo islâmico que age no Líbano.
Essa não é a primeira vez que a Polícia Federal age contra o Hezbollah no Brasil. Em 2018, um comerciante libanês foi preso no Paraná, acusado de ser financiador do grupo xiita. Ele foi extraditado para o Paraguai, onde era foragido da Justiça.
Nesta quarta-feira (8), dois homens foram presos, em São Paulo, suspeitos de serem financiados pela organização para realizar atentados terroristas contra sinagogas e colégios judaicos em solo brasileiro.
Segundo a PF, um dos alvos da operação confessou ter sido recrutado pelo Hezbollah.
O ministro da Justiça fez questão de rebater o premiê israelense Benjamin Netanyahu sobre a atuação do Mossad, o serviço secreto de Israel, na operação da PF. Flávio Dino ressaltou que as investigações começaram antes da guerra entre Hamas e Israel, e que o inquérito é independente.
A Polícia Federal agora trabalha para prender dois brasileiros que estão no Líbano. Eles entraram para a lista vermelha da Interpol e são considerados foragidos. A PF também investiga o percurso do dinheiro que financiaria os atentados terroristas no Brasil.