A guerra da Ucrânia mostra que as novas tecnologias não têm sido suficientes para mudar o rumo do confronto. A Rússia tem recorrido a velhas táticas soviéticas para conquistar territórios, e estaria preparando uma grande nova ofensiva.
Em pouco mais de dois anos de guerra, um perde e ganha de territórios. Em 2022, a ofensiva russa. Em 2023, o contra-ataque ucraniano. Agora, a balança voltou a pesar para o exército de Vladimir Putin.
Do lado ucraniano, o pessimismo e o cansaço de quem enfrenta um momento delicado da guerra. O presidente pediu ajuda.
É um apelo de quem tem visto os avanços diários das tropas russas - quilômetro por quilômetro de território, em vários fronts no país.
Neste domingo, foi a vez de um vilarejo na região do Donbass.
No leste da Ucrânia, onde a Rússia amplia a linha de frente. Até a cidade industrial de Avdiivka, considerada uma fortaleza pelos ucranianos, foi tomada pelo exército russo.
O governo de Kiev culpa a falta de equipamentos militares para combater a eficiente máquina de guerra da Rússia.
O congresso americano aprovou há dias um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de US$ 61 bilhões. O problema é que há uma demora até essa grana toda se transformar em equipamentos militares.
Sem contar que as novas tecnologias não estão sendo eficazes contra a tática russa da guerra de atrito. Drones e mísseis estão sendo facilmente abatidos pelo exército de Putin.
Os russos recorreram a uma velha estratégia soviética: a abertura de trincheiras, com armas e munições básicas, como granadas de mão e minas terrestres.
É como se tecnologia do século 21 não pudesse vencer uma batalha do século 20.
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