Temporada de balões traz risco de incêndio e ameaça aeronaves

No Rio de Janeiro, queda recente deixou 160 mil pessoas sem energia elétrica

Da Redação, com Jornal da Band

Soltar balões é crime, mas isso não inibiu dezenas de pessoas que se aglomeraram neste domingo (12) para ver uma estrutura subindo no Rio de Janeiro.

Momentos depois, o balão já era observado por quem passava pela Avenida Brasil. O artefato caiu dentro da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, na zona norte da capital. Por sorte, não provocou incêndio e ninguém ficou ferido.

Na semana passada, a queda de um balão em uma subestação de energia elétrica deixou 160 mil pessoas sem luz na zona norte da cidade. Em geral, são composições enormes, que usam até botijões de gás de cozinha como bucha.

Na aviação, o risco de acidentes aumenta ainda mais. Se um balão colidir contra um avião, pode enroscar nas turbinas e causar um incêndio. Para se ter ideia, a força do impacto de um balão de 50 kg em uma aeronave a 450 km/h é de 100 toneladas.

“Se multiplicar o peso do balão vezes a velocidade de deslocamento do avião, dá para você ter mais ou menos noção do tipo de dano que vai causar à aeronave”, explicou Marcus Silva Reis, especialista em aviação, ao Jornal da Band.

O problema é antigo e já foi registrado em vídeos, inclusive gravados de dentro de cabines de aviões. A administração do Riocentro avistou mais de 150 balões na região em junho. Desde o início do ano, oito deles caíram no local.

“A gente pede à população também apoio nesse sentido”, disse Rodrigo Rocha, chefe de segurança do Riocentro. “Vamos denunciar porque, quando o balão cai e começa um incêndio, é muito complicado, muito ruim.”

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