Americanos começam a cobrar a conta do governo pelo uso de medicamentos ineficazes contra a covid-19. O primeiro processo é de um homem que perdeu a mulher tratada com hidroxicloroquina. As informações são do correspondente Eduardo Barão, no Jornal da Band.
Em março do ano passado, Susan Cicala, de 60 anos, deu entrada num hospital de Nova Jersey depois de apresentar um quadro já agravado de tosse e febre. Ela foi diagnosticada com covid-19 e recebeu como tratamento azitromicina e hidroxicloroquina, medicamentos recomendados à época pelo ex-presidente Donald Trump.
Onze dias depois, Susan teve uma parada cardíaca e morreu no mesmo hospital onde trabalhou por anos como enfermeira, gerando comoção e homenagens até do governador de Nova Jersey.
Agora o marido de Susan, Steve Cicala entrou com uma ação contra o governo federal pedindo indenização pela morte que teria sido causada pelo tratamento que nunca teve comprovação cientifica contra o coronavirus.
O ressarcimento sairia de um fundo de US$ 30 bilhões de dólares (cerca de R$ 166 bilhões) mantido para indenizações na área da saúde -- já que laboratórios, hospitais e médicos são blindados contra processos quando está em vigor um estado de emergência nacional, como agora na pandemia.
Se conseguir provar que a esposa morreu por causa do uso inadequado desses medicamentos, o governo americano pode ter de pagar uma compensação de cerca de R$ 2 milhões.
Sem medicamentos que de fato combatam a doença, a vacina tem sido a grande arma usada contra o vírus.
Os ex-presidentes Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush divulgaram um vídeo incentivando as pessoas a se vacinarem.
Na Virgínia, um grupo de idosos se uniu para “bater” em uma piñata em forma de coronavírus. Eles comemoram que toda a comunidade recebeu as duas doses, sendo imunizada.