Lula diz que ataques do Hamas 'não justificam mortes de milhões de inocentes'

No Conversa com o Presidente desta terça-feira (24), Lula voltou a chamar o ataque do Hamas contra Israel de 'terrorismo'

Da Redação

Lula diz que ataques do Hamas 'não justificam mortes de milhões de inocentes'
Lula durante o ponversa com o Presidente
Reprodução/Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta terça-feira (24) a reação de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza após os ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro. Segundo ele, a ação terrorista do Hamas não justifica as mortes de “milhões de inocentes”. 

A declaração do petista foi feita durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, que retornou nesta terça-feira após o político ser submetido a dois procedimentos cirúrgicos no final de setembro. 

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível. Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderia ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem, as pessoas querem guerra”, disse Lula. 

Em cerimônia dos 20 anos do programa Bolsa Família, o presidente classificou os ataques do Hamas em 7 de outubro como “terrorismo”, “ato de loucura” e a reação de Israel de “insana”. 

No programa, o presidente lembrou que já conversou sobre o conflito no Oriente Médio com os diversos presidentes ou chefes de Estado, entre eles de Israel, Irã, Egito, Turquia, Palestina, França e Rússia. Lula afirmou que ainda deve conversar com representantes da China e da África do Sul. 

"Estou falando com todo mundo para que a gente consiga três coisas. Primeiro: garantir um corredor humanitário, para que as pessoas possam receber água, comida, remédio. Garantir que não falte energia elétrica nos hospitais, para que as pessoas possam ser tratadas. E garantir que não se mate mais crianças. Não tem exemplo na humanidade de guerra em que quem morre mais é criança, que não está na guerra", declarou.

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