A ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (2) em visita ao Rio Grande do Sul que defende a criação de um estado de “emergência climática permanente”, em que municípios de risco do país – aqueles que costumam conviver com eventos climáticos extremos – possam atuar mais ativamente na prevenção de tragédias.
“A orientação ds presidente Lula no início do govermo era de que pudéssemos atuar em duas frentes. Uma delas é a gestão do desastre, o que estamos fazendo aqui, o que fazemos com secas e chuvas, em parceria com os governos estaduais e municipais”, disse.
“Outra frente é a de prevenção aos eventos climáticos extremos. Isso não existe no mundo, as pessoas estão tateando como fazer essa mudança, sair da lógica da gestão do desastre para a lógica da gestão do risco. Estamos trabalhando juntos, os ministérios de Cidades, Ciência e Tecnologia, Meio-Ambiente, Integração e Transportes, além de outros, para que a gente coloque de pé uma proposta”, completou a ministra.
De acordo com ela, essa proposta de decretação de “emergência climática permanente” será construída dialogando com Ministério Público e Tribunal de Contas.
“Teremos que fazer, talvez, algo semelhante ao que foi feito na [pandemia de] covid-19, uma excepcionalidade fiscal para poder socorrer as pessoas na hora do desastre. Neste caso [da proposta], vamos ter que fazer a excepcionalidade para durante todo o ano fazer intervenções, seja com remoção da população, mudança no código diretor das cidades ou nos processos de licitações para infraestrutura.”
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Rio Grande do Sul é atingido por fortes temporais 1/17
Marina Silva ainda prestou solidariedade às vítimas dos temporais no Rio Grande do Sul e destacou que se trata de mais um fenômeno que “acontece em função da ação humana que altera as grandes regularidades naturais”.
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