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Nelson Teich sobre possível obrigatoriedade da vacina: “Não é o caminho ideal para conduzir um país”

Da Redação, com Manhã Bandeirantes

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Nelson Teich diz que preciso diferenciar o que é privatizar de ter a iniciativa privada
Reprodução/Rádio Bandeirantes

Nelson Teich, que já foi Ministro da Saúde, conversou nesta segunda-feira, 2, com o apresentador Agostinho Teixeira no Manhã Bandeirantes, na Rádio Bandeirantes, sobre a possibilidade de privatização do SUS e também a possível obrigatoriedade de tomar a vacina contra a covid-19. De acordo com o médico, discutir isso antes mesmo de ter uma vacina comprovadamente válida torna o assunto político. “Quando você traz esse tipo de discussão antes de saber o que tem na mão, passa a ter uma discussão ideológica”, explica.

Segundo Teich, o Brasil é um país que tem uma história muito boa em relação a vacinação, mesmo que exista uma minoria contrária. “Seria muito ruim isso ir para o Supremo. Esse não é o caminho ideal para conseguir conduzir um país. O ideal é que a sociedade como um todo entenda sua responsabilidade e espírito coletivo."

Para ele, antes de tudo é preciso ter certeza que a vacina funciona bem e não tenha muitos efeitos colaterais para então conscientizar as pessoas sobre imunização. “Eu tentaria fazer com que essa fosse uma conversa, um diálogo com a sociedade, mesmo que você tenha um percentual mínimo que não tome."

Já sobre o Sistema Único de Saúde, o ex-ministro defendeu que é preciso diferenciar o que é privatizar de ter a iniciativa privada. “Você pode contratar uma pessoa da iniciativa privada para prestar um serviço específico sobre sua coordenação. Outra coisa é você pegar e dar pra iniciativa privada fazer o que ela quiser. É completamente diferente”.

Teich falou ainda sobre sua saída do governo em maio, menos de um mês após ter assumido o cargo durante a pandemia, e também sobre a relação com Jair Bolsonaro. “O presidente já deixou muito claro desde a minha época como ele conduz o governo. Ele centraliza as decisões. Ele foi eleito, está liderando as pesquisas, então talvez seja difícil pra ele achar que não está certo. E ele deixa isso muito claro. A liderança é dele. Minha saída foi por isso. Não estava saindo por causa da cloroquina. Eu tinha uma série de projetos e planos em que eu teria que ter autonomia para implementar. Quando a liderança é do presidente e ele vai tomar as decisões, eu já não era a pessoa certa para estar na decisão.” 

Assista ao vídeo.

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