A PGR (Procuradoria-Geral da República) se antecipa e descarta federalizar o caso do tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores) assassinado em sua própria festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Para a PGR, segundo apurado pela reportagem da TV Band em Brasília, o assassinato de Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, no último sábado (9), deve tramitar pela primeira instância da Justiça do Paraná.
Na segunda-feira (11), partidos da coligação Lula-Alckmin, como PT, PSB, PCdoB, PSol, PV, Solidariedade e Rede, informaram que terão uma audiência com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para discutir o assunto.
O encontro, no entanto, ainda não está confirmado.
Parcialidade
O pedido de federalização do caso foi feito pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), após registros de publicações antipetistas em redes sociais pela delegada Iane Cardoso, que abriu o inquérito.
O governo do Paraná, depois das denúncias, decidiu trocar a delegada responsável pela investigação. Quem assumiu foi a delegada Camilla Cecconello, chefe da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) no Paraná.
A assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná afirmou, no entanto, que a troca se dá porque “a divisional de homicídios tem mais recursos e experiência para essa situação”.
Ataque por motivação política
O guarda municipal de Foz do Iguaçu Marcelo Arruda, militante petista, foi alvo de um ataque de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), durante celebração de seu aniversário, cujo tema era o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.
A Justiça decretou a prisão preventiva do policial bolsonarista e autor dos disparos que terminaram com a morte do tesoureiro do PT.
Jorge Guaranho está internado em estado grave, mas estável, segundo a Secretária de Segurança Pública.
O sepultamento de Marcelo Arruda aconteceu nessa segunda-feira (11), sob forte comoção de familiares, amigos e apoiadores, em Foz do Iguaçu. O velório começou ainda no domingo (10).