A PM de São Paulo admite que não é possível reforçar o policiamento no entorno de todas as escolas durante a entrada e a saída dos alunos. A Rádio Bandeirantes tem levado ao ar relatos de moradores de vias próximas a escolas que reclamam do aumento de assaltos e arrastões nesses horários.

Os criminosos encontraram no trânsito formado no entorno dessas unidades de ensino a oportunidade para atacar pais, mães e alunos.

Nesta semana, um homem foi baleado em um arrastão na frente dos dois filhos na porta de uma escola no bairro do Morumbi. O local amanheceu com policiamento reforçado no dia seguinte ao crime.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o Major Fábio Fonseca, coordenador operacional responsável pela zona sul da cidade, afirma que é "humanamente impossível" vigiar todas as escolas.

“Nem todas as escolas conseguem ter o atendimento presencial no horário de entrada ou saída. Nós vamos prender essas pessoas que estão causando essa insegurança porque seria humanamente impossível colocar em três, quatro ou cinco horários, dependendo do horário funcionamento, uma viatura exclusiva. Por isso falo que os programas se complementam. As escolas de forma nenhuma estão abandonadas”, afirmou o major. 

Até agora, nenhum criminoso responsável pelo assalto foi detido. O major da PM Fábio Fonseca critica brechas na legislação que permitem a soltura de bandidos envolvidos em crimes como esse.

“Setenta por cento dos presos, que a polícia prende em flagrante, por bens patrimoniais ou qualquer outro, eles estão usando de um benefício das Lei de Execuções Penais. Então ele deveria estar preso e nem tão pouco está sendo monitorado. Você imagina se todos os criminosos que estão cumprindo penas em liberdade por benefícios legais estivessem sido monitorados. Eu posso te afirmar com toda certeza que essa quadrilha estaria com tornolezeiras nas pernas e estaria presa hoje”, disse. 

A PM afirma que reforçou o patrulhamento em vias que dão acesso a escolas.