Polícia prende suspeito de furtar bicicleta de casal acusado de racismo no Rio

Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, tem 28 anotações criminais. Instrutor de surfe negro foi acusado injustamente pela dupla no Leblon

Da Redação, Com BandNews TV, BandNews FM Rio e Jornal da Band

O homem suspeito de furtar a bicicleta elétrica de um casal no Leblon, na zona sul do Rio, foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (17). Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, tem 28 anotações criminais - 14 delas, por furto de bicicletas. As informações são de Marcus Lacerda, da BandNews TV, e de Luanna Bernardes e Mariana Procópio, da BandNews FM Rio.

O caso ganhou repercussão após o instrutor de surf negro Matheus Ribeiro, de 22 anos, denunciar que sofreu racismo após ser acusado por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira, que o acusavam de ter roubado a bicicleta em um shopping, no Leblon, onde ele esperava pela sua namorada. A vítima gravou a argumentação e indignação com o casal, e o vídeo viralizou nas redes sociais.

Verdadeiro autor do crime, Igor é branco e foi localizado em seu apartamento, em Botafogo, na mesma região do roubo. No local, os agentes apreenderam a bermuda que ele usava no crime, além do alicate usado nos crimes.

Ele foi flagrado cometendo o crime por câmeras de segurança no local (veja o vídeo acima). As imagens mostram o Igor arrombando o cadeado e levando a bicicleta rapidamente. Outro vídeo mostra o ladrão chegando ao prédio onde morava com a mãe e o irmão com o produto do furto.

Morador do Complexo da Maré, Matheus disse que as acusações só pararam depois que os dois tentaram abrir o cadeado do veículo e não conseguiram. No vídeo, ele diz: "Ela não tem ideia de quem levou sua bicicleta, mas a primeira coisa que vem à sua cabeça é que algum neguinho levou”.

O caso acabou sendo registrado como calúnia e não injúria racial. Como se trata de um crime de menor potencial ofensivo, mesmo que o casal seja indiciado, o caso será encaminhado por ao Juizado Especial Criminal, onde normalmente, ações como esta terminam com pagamento de cestas básicas.

A mulher, que é professora de dança, foi demitida de sua função em uma escola particular do Rio. Já o homem é estudante de design na PUC-RJ e trabalhava em uma papelaria, de onde teria sido desligado, segundo resposta da empresa Paper Craft nas redes.

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