A rua Santo Amaro, no Centro de São Paulo é um exemplo de como a paisagem pode mudar para melhor. Os fios já estão embaixo da terra e os postes de cimento foram retirados. Ali do lado, a rua Francisca Miquelina passou pelo mesmo processo. E depois que a fiação foi enterrada, esse pedacinho da cidade só ganha elogios.
O programa São Paulo Sem Fios surgiu em 2017 com a previsão de enterrar as redes de distribuição de 170 ruas, o equivalente a 65 km de extensão. Até agora, segundo a prefeitura, 48 vias foram concluídas, o que representa 18 km de cabos retirados.
A Prefeitura não gasta nenhum centavo no projeto. Os custos são bancados pelas empresas que usam a rede de distribuição. O critério para escolher os pontos de renovação urbana foi o volume de cabos instalados, quantidade de roubos de fios e a frequência de queda de energia. Para que as obras terminem na data prevista, em dezembro de 2024, é necessário um trabalho conjunto entre todos os envolvidos.
Veja a íntegra do Olhar de Repórter deste sábado (24):
Além das ruas que já foram concluídas, o serviço está em andamento em outras 42. De acordo com a Prefeitura, nessas ruas, a Enel, que distribui a energia elétrica para os imóveis e as empresas de telecomunicação, já enterraram seus fios.
A ideia é que São Paulo tenha cada vez mais trechos como o recém-inaugurado entorno do Museu do Ipiranga. Com a retirada dos fios, o prédio ficou bem mais destacado para quem olha da rua.
Uma iniciativa fora do programa São Paulo sem fios também é outro bom exemplo. A revitalização da avenida Santo Amaro, coordenada pela secretaria municipal de infraestrutura urbana, também incluiu a retirada dos fios, deixando a paisagem do local mais limpa.