O presidente do PSL, Luciano Bivar, foi entrevistado na Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira, 04. Bivar falou com José Luiz Datena, no ‘Manhã Bandeirantes’, sobre o encontro que teve com o ex-presidente Michel Temer. “Com relação à uma possível candidatura do Temer, isso é visto com bons olhos (...), precisamos de uma alternativa que não seja radical, nem de direita, nem de esquerda. Então, esse é o nosso sentimento. Eu posso te afirmar que a gente não vai mais ser coadjuvante. Certamente iremos participar da concorrência da eleição”.
Bivar reforçou o que Temer já havia dito na entrevista desta quinta-feira, dia 03, também a José Luiz Datena: de que ambos os partidos estão trabalhando juntos para apresentar um programa de governo para 2022. “Nossa conversa com MDB foi muito boa, com Temer, com Baleia Rossi (...), os pontos convergentes são praticamente unânimes e esses dois partidos, juntos, poderão dar um suporte muito grande, quanto de capilaridade, tanto de logística. Espero que o brasileiro tenha certeza de que essas reformas que não foram todas cumpridas, das promessas de 2018, vão ser cumpridas agora. Nós estamos esperançosos de ter, em 2022, uma participação ativa e até vitoriosa.”
“O episódio que estamos vivendo, do radicalismo de direita, nunca coube ao PSL
Dentre os projetos defendidos por ambos, Bivar citou o da não reeleição. “Acho que você não pode entregar o País a dois polos que todos fins de semana fazem campanha e se esquecem da administração pública. As pessoas estão sujeitas a um risco sanitário por causa dessa concorrência maluca. No momento em que você tem um projeto político para que não exista reeleição, você vai usar 100% daquele tempo da sua administração. Será uma bandeira mais administrativa, que ideológica”, disse. “Tanto eu, quanto o Temer, estamos com essa proposta. Se algum outro candidato quiser abraçar isso, estaremos dispostos a caminhar por essa trilha (...). Em meados de agosto, com as pesquisas científicas, a gente vai apresentar essa alternativa ao povo brasileiro.”
Sobre a possibilidade de Bolsonaro retornar ao partido, Bivar disse que o “radicalismo nunca coube ao PSL”. “O PSL volta às suas origens. O episódio que estamos vivendo, do radicalismo de direita, nunca coube ao PSL. E eu tenho convicção de que aqueles que sentem o PSL, querem o partido mais humanista (...), isso é uma coisa que vamos bater bastante, para que os candidatos, do PSL ou MDB, comunguem com tudo isso. Eu estou muito esperançoso. ”
Ao fim da entrevista, Bivar ainda opinou sobre a ausência de punição do general da ativa e ex-ministro da Saúde, Pazuello. “A decisão do comando maior do exército foi para não criar mais um sentimento de tensão entre o Presidente da República e as Forças Armadas. Mas, é algo que nos deixa preocupados. Eu tenho admiração pelas Forças Armadas, mas isso chamusca um pouco, mesmo com tensão, gostaria que as coisas fossem obedecidas. Com as instituições respeitadas, temos democracia.”