Um projeto que tramita na Câmara pode evitar a eliminação de milhões de postos de trabalho. Trata-se da proposta que mantém até 2026 a desoneração da folha de pagamento das empresas.
A medida, que beneficia 17 setores, está prevista para ser encerrada no dia 31 de dezembro deste ano. Se isso acontecer, seis milhões de empregos devem ser extintos, alerta o deputado Efraim Filho, do DEM, autor do projeto que prevê a prorrogação. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, ele ressaltou que novas contratações também estão ameaçadas.
“Os números estimados falam em seis milhões de empregos preservados fora aquilo que provavelmente no ambiente de melhora do cenário econômico você pode pensar em investimentos desses setores. Muitos deles estão, inclusive, segurando o planejamento para 2022 aguardando essa decisão. A gente também dialoga, não só, com a preservação dos empregos atuais desses setores como construção civil, call centers, atividades industriais, setores que empregam muito e que precisam dessas oportunidades”, disse.
Cada desempregado é um consumidor a menos, com impacto direto na retomada do crescimento. Efraim Filho diz que a oneração da folha é uma distorção que pune a geração de empregos.
“É até inusitado que a gente esteja discutindo no Brasil imposto sobre folha salarial, ou seja, quanto mais você emprega mais imposto você vai pagar. Esses 17 setores estão elencados entre aqueles que mais empregam no Brasil, portanto tem essa regra diferenciada e se tem a possibilidade de acabar ao final do ano. Estamos buscando a prorrogação senão entraremos em 2022 em um cenário extremamente caótico especialmente no que diz respeito a geração de emprego”, afirmou.
O projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento está na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.