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Rabino: Após período de trégua, tensão volta a subir entre Israel e Hamas

Os bombardeios de caças israelenses atingiram edifícios e plataformas de lançamento de foguetes na área de Rafah

Por Moises Rabinovici

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Ataques de Israel em Rafah
Hatem Khaled/Reuters

Da iminência de uma trégua para o reinício da guerra de 7 meses em Gaza, depois que morteiros disparados pelo Hamas, em Rafah, mataram quatro soldados israelenses, no domingo, dando ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu munição para contrapor-se ao desejo de paz do presidente Joe Biden.

Folhetos em árabe caíram do céu nesta manhã, reforçados por mensagens de texto e telefonemas, avisando a cerca de 100 mil palestinos a deixarem os bairros a leste de Rafah e seguirem para a zona humanitária aberta em a--Mawasi e Khan Younis.

Pouco antes da meia-noite, os bombardeios de caças israelenses atingiram edifícios e plataformas de lançamento de foguetes na área de Rafah em que estão quatro dos últimos seis batalhões do Hamas, que eram 24 no início da guerra. A infantaria operava no Corredor Netzarim, na região central de Gaza.

O ministro da Defesa Yoav Gallant ligou para o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, na noite de domingo, para lhe dizer que "Israel não tinha outra opção a não ser lançar sua ofensiva em Rafah". 

Ele detalhou "os muitos esforços que Israel está fazendo para chegar a um acordo para a libertação dos reféns e um cessar-fogo temporário" — e que, "nesta fase, o Hamas recusa qualquer proposta que permita isso". Concluiu agradecendo os EUA e repetindo: "Não há mais escolha".

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou em Yad Vashem, o memorial do Holocausto, em Jerusalém. Ele disse que o 7 de outubro não foi um Holocausto "não porque o Hamas não tivesse a intenção de destruir Israel, mas devido à sua incapacidade de fazê-lo". 

Foto: Reuters

Nesse dia, 1.200 pessoas foram mortas e mais de 200 levadas reféns para Gaza. Por um momento, ele se dirigiu em inglês para a comunidade internacional:

"Se Israel for forçado a ficar sozinho, Israel ficará sozinho. Mas sabemos que não estamos sozinhos porque inúmeras pessoas decentes em todo o mundo apoiam a nossa causa justa. E eu lhes digo que derrotaremos nossos inimigos genocidas. Nunca mais é agora".

Hoje, 213? dia da guerra, o número de mortos palestinos está chegando a 35 mil, a maioria mulheres e crianças, e sem distinção entre civis e combatentes. Israel informa que matou 13 mil do Hamas em Gaza e 1 mil no território israelense, no dia em que foi invadido.

Para o Hamas, a ordem de retirada divulgada por Israel "é uma escalada perigosa que terá consequências". 

Segundo os panfletos distribuídos aos palestinos, a retirada é "temporária". Ele também informa: "Nessa área, a expansão da ajuda humanitária continuará. A IDF (Forças de Defesa de Israel) continuará a combater as organizações terroristas que usam vocês como escudos humanos. Portanto: 

A Cidade de Gaza é uma zona de combate perigosa; evite atravessar para o norte de Wadi Gaza".

A rede de TV Al Jazeera, do Catar, não está transmitindo as informações de Israel. Foi fechada, por decisão do Parlamento e do governo Netanyahu, apesar dos protestos de jornais e organizações que lutam pela liberdade de imprensa no mundo.

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