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Snapchat, Orkut, MySpace: saiba quando o brasileiro esqueceu essas redes sociais

As três plataformas perderam espaço com a ascensão do Instagram e do Facebook, aplicativos da empresa Meta

Da redação

Orkut
Orkut
Reprodução

O tempo de vida da maioria das informações na internet é meteórico, mas não é só o conteúdo veiculado digitalmente que tem prazo de validade determinado.  

As próprias plataformas que servem para espalhar esses textos e imagens também podem desaparecer tão rápido quanto crescem. 

Foi o caso de três exemplares de redes sociais que já foram queridinhos dos brasileiros: Orkut, Snapchat e MySpace.  Abaixo, saiba como era e quando o público do país perdeu o interesse em cada uma.

Orkut - ascensão em 2005, esquecimento em 2013

  • Filiada ao Google, a rede social foi feita para se espalhar nos Estados Unidos, mas encontrou a maioria dos usuários no Brasil e na Índia.
  • Por aqui, atingiu mais de 30 milhões de usuários, até ser ultrapassada pelo rival Facebook.
  • O nome veio do chefe do projeto, o engenheiro turco Orkut Büyükkökten.
  • Tinha mais de 600 aplicativos disponíveis. Colheita Feliz e Buddy Poke faziam muito sucesso entre os brasileiros.  
  • No primeiro, o usuário cuidava de uma fazendinha e trocava itens com os amigos.
  • Já no Buddy Poke, era possível criar um avatar personalizado e interagir com avatar de outras contas, com ações que iam desde dar um beijo até surfar juntos.
  • Começou a perder usuários em outubro de 2011, quando Twitter e Facebook passaram a aumentar suas bases de logins.
  • Foi descontinuado pelo Google em 2014, mas a empresa criou uma museu com 1 bilhão de mensagens trocadas em 51 milhões de comunidades.
  • As informações ficaram disponíveis para download até 30 de setembro de 2016.
  • Em 2022, o engenheiro Orkut reabriu o site, onde publicou uma carta em que conta estar construindo "algo novo".
  • De acordo com o Google Trends, o pico de popularidade do Orkut entre os brasileiros foi em agosto de 2007 (veja no gráfico abaixo).
  • A ferramenta mede o interesse em determinado tema de acordo com o volume de buscas.  
  • Seis anos depois, em agosto de 2013, a rede social tinha apenas 6% da atenção que teve em sua maior alta.

MySpace - ascensão em 2005, esquecimento em 2013

  • Criada em 2003 e marco da internet da primeira década dos anos 2000, a rede social norte-americana já foi a mais popular do mundo.
  • No Brasil, rivalizou com o Orkut, mas nos Estados Unidos era sucesso absoluto.
  • No seu DNA, tinha a música como um ponto forte.  
  • Os perfis de cantores eram diferentes das contas comuns e os artistas poderiam transferir até dez músicas, das quais tivessem os direitos autorais, na plataforma.
  • Apesar de ainda existir, os artigos sobre música publicados na página inicial do site não são mais autalizados desde 2022.  
  • Como no caso do Orkut, o interesse pela rede foi sepultado pela ascensão do Facebook
  • O pico de interesse pela rede no Brasil foi em dezembro de 2008.  
  • Cinco anos depois, tinha 2% desse volume de buscas no Google, de acordo com dados do Trends (gráfico abaixo).

Snapchat - ascensão em 2013, esquecimento em 2020

  • Criado em 2011, foi precursor em ser uma rede social pensada essencialmente para o uso no celular.  
  • Também enfatizava a interação dos usuários com ferramentas de realidade aumentada, como os filtros e stickers - funcionalidades bastantes presentes nas redes sociais mais populares de hoje.
  • Além disso, popularizou o "Stories", depois replicado pelo Instagram, em que um conteúdo de imagem ou vídeo ficava disponível por até 24h.
  • Aliás, todo o DNA do Snapchat era em torno de conteúdo temporário, que desaparecia depois de um curto prazo de publicação.
  • Ainda está ativo e é popular em vários países, principalmente entre o público abaixo de 16 anos.  
  • Em julho de 2021, anunciou crescimento de 23% dos usuários ativos em relação ao ano anterior.
  • No Brasil, atingiu o pico de popularidade em abril de 2016, de acordo com dados do Google Trends.
  • Dois anos depois, tinha 10% do interesse em relação ao pico (gráfico abaixo).  
  • Voltou a atrair interesse momentaneamente em maio de 2019, quando reportagem publicada na Vice revelou que funcionários do Snapchat teriam espionado usuários.

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