SP monitora fronteiras para controlar variante Delta e quer vacinar adolescentes em agosto

Imunização de jovens entre 12 e 17 anos deve começar em 23 de agosto

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

A presença de dois casos da variante Delta do novo coronavírus no Vale do Paraíba colocou o governo de São Paulo em atenção.

Segundo Regiane de Paula, coordenadora do Plano Estadual de Imunização (PEI) Covid-19 da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o principal foco no momento são as fronteiras com Rio de Janeiro e Paraná.

“Qual é nossa maior preocupação? Nossa linha de fronteira”, contou, em entrevista nesta quinta-feira (22) ao Manhã Bandeirantes, apresentado por José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes.

“Nós já temos um estudo que está sendo feito em toda a DRS (Divisão Regional de Saúde) da região de Taubaté. Estamos tendo casos no Rio de Janeiro, no Paraná, e precisamos fazer um rastreamento disso”, acrescentou.

De acordo com a coordenadora, o monitoramento é um reforço ao combate à pandemia, que tem como principais pilares a vacinação e as medidas de isolamento e higiene. 

“Temos feito esse acompanhamento, esse monitoramento. Temos feito todo o rastreamento genômico. O que é importante: vacinar. E mesmo vacinado, que a gente use máscara, tenha distanciamento social, fique em casa quem pode e a lavagem das mãos e o uso de álcool em gel. As medidas e o protocolos não podem ser descartadas, uma vez que eu já tenho uma cobertura vacinal de D1 (primeira dose) na população acima de 55%, e de D2 (segunda dose) a gente está caminhando para 20%”, disse.

Para dar sequência ao combate à pandemia, São Paulo quer começar a vacinar adolescentes já em agosto. O governo do estado anunciou no dia 11 de julho que menores de idade entre 12 e 17 anos devem receber as primeiras doses a partir de 23 de agosto.

“Vinte de agosto é o Dia da Esperança. Então, no dia 20 de agosto, pretendemos vacinar todos os adultos acima de 18 anos”, disse Regiane.

“A gente tem trabalhado muito para que isso aconteça - lembrando que a gente depende de insumos que vêm do Ministério da Saúde”, acrescentou, segura de que a vacinação de jovens não influenciará na imunização de pacientes mais velhos.

“Não vamos deixar de fazer a segunda dose para priorizar nenhuma primeira dose. É simultâneo esse momento, e é constante. E o Programa Estadual de Imunização preza por isso. Vamos abrir, sim, para adolescentes a partir de 23 de agosto, com comorbidades, mas continuamos vacinando com D2.”

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