Em resposta ao Ministério Público Federal, em São Paulo, o WhatsApp informou que a implementação da ferramenta comunidades, um novo recurso com megagrupos, não tem data definida para começar no Brasil.
O ofício enviado por advogados da empresa destacou que a função deve ser implantada somente após um eventual segundo turno das eleições brasileiras. Em 2021, o MPF instaurou um inquérito para investigar como as plataformas combatem a desinformação propagada nas redes sociais.
Milhares de pessoas alcançadas
Existe a preocupação das autoridades e especialistas brasileiros de que os megagrupos facilitem o compartilhamento de fake news em meio ao processo eleitoral. As comunidades do WhatsApp tendem a permitir o envio de conteúdo para milhares de pessoas.
Atualmente, o WhatsApp só permite grupos com, no máximo, 256 pessoas, diferente do concorrente Telegram, cujo limite é 200 mil participantes. Em abril, o presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão da plataforma de adiar o lançamento da ferramenta no Brasil, sob a alegação de censura.
Sem relação com TSE
Em reunião com o presidente, o WhatsApp informou que o adiamento não relação com o acordo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre as plataformas de mídias sociais e aplicativos de mensagens. O pacto, na prática, visa combater a disseminação de notícias falsas durante as eleições.
Na época, Fábio Faria, ministro da Comunicação, informou que a decisão da empresa não teve caráter corporativo, exclusivamente. Na sequência, o WhatsApp confirmou o posicionamento do governo.