Cláudio Humberto: "Lula deve terceirizar culpa por derrotas no Congresso"

Depois de fracassos na votação de vetos presidenciais, presidente convocou reunião para averiguar fonte da desarticulação, mas ele mesmo não tem convocado ministros importantes para conversas

Da redação

Cláudio Humberto: "Lula deve terceirizar culpa por derrotas no Congresso"
Presidente Lula durante discurso
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O presidente Lula perdeu na de votação de vários vetos presidenciais nesta semana - entre eles, os da "saidinha" dos presos, que voltou a ser proibida pelo Congresso Nacional. Diante do cenário, o colunista da Rádio Bandeirantes Cláudio Humberto aponta que o presidente deve terceirizar a culpa pelas derrotas.  

"Ele nunca assume essa responsabilidade, mas o fato é que ele poderia fazer muito mais pelo próprio governo do que vem fazendo do ponto de vista da articulação política", avalia.

O presidente da República convocou uma reunião com a bancada governista para a próxima terça-feira (4), para averiguar o que aconteceu. 

De acordo com o comentarista entende que Lula tinha a expectativa de que nomear ministros de partidos não alinhados ao governo, como União Brasil e Republicanos, se refletiria automaticamente em apoio parlamentar.  

A expectativa reflete o funcionamento no primeiro mandato do petista, de 2003 a 2006. "Isso mudou muito e o presidente não percebeu essa mudança".

"Encantador de serpentes" em ritmo lento

Cláudio Humberto atribui parte do fracasso nas votações ao fato à ausência de conversas para articulação política. "Como disse recentemente o o ex-ministro Ciro Gomes, Lula é um encantador de serpentes. Mas ele não tem convidado as serpentes para encantar em conversas particulares".

O colunista acrescenta que o mandatário não tem se empenhado em receber e despachar com vários ministros importantes. Simone Tebet (Planejamento), André de Paula (Pesca), general Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) são exemplos de ministros que pouco ou nunca foram recebidos pelo presidente.

A reunião de terça-feira pode resultar inclusive na mudança do conjunto de pessoas responsáveis por essa desarticulação, como o próprio ministro da área, Alexandre Padilha.

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