O Congresso promulga a PEC que modifica o teto de gastos e permite o pagamento de 600 reais do Bolsa Família e outros programas sociais a partir de janeiro.
O ponto final na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição nesta quarta-feira se deu em meio a um Senado pouco movimentado.
Como a sessão foi semipresencial, muitos parlamentares votaram de casa as mudanças feitas pela Câmara.
O dinheiro para o Bolsa Família fora do teto de gastos, assim como 23 bilhões para investimentos, foram mantidos.
Mas ao contrário do texto original, do próprio Senado, os deputados reduziram a validade do projeto, de 2 para 1 ano.
A Câmara terminou a votação em segundo turno no período da tarde; quando voltou ao Senado, a atual base do governo tentou derrubar a PEC da Transição até o fim.
O Senado aprovou somente as alterações feitas pela Câmara, como o prazo de validade da PEC.
E ainda a distribuição das emendas dos parlamentares depois da decisão do Supremo de acabar com o orçamento secreto.
Com o fim das emendas de relator, os 19 bilhões de reais serão divididos entre o Congresso e o governo.
Agora, cada deputado terá cerca de 30 milhões de reais para gastar em obras, geralmente nos próprios redutos eleitorais.
Já os senadores terão em mãos 50 milhões cada um.
A preocupação da articulação política do próximo governo é de que isso dificulte as negociações, que serão mais pulverizadas.
Antes, as conversas para a aprovação de projetos envolviam os líderes das bancadas.