Contrato da Enel em São Paulo não será renovado em 2028, diz Nunes

Após repetidas interrupções no fornecimento de energia na capital paulista, prefeito afirma que concessão para empresa não vai continuar por falta de cumprimento do acordo

Da redação

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
Reprodução/Redes Sociais

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira (16) que a Enel não conseguirá renovar o contrato de concessão de energia elétrica na cidade na data prevista, em 2028.

Após as repetidas interrupções no fornecimento de energia na capital paulista, Nunes esteve em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), já que a concessão é de responsabilidade do Governo Federal.  

Segundo o prefeito, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu um processo de fim do contrato com a Enel porque a empresa está na "lista de caducidade". Isso acontece quando uma das partes não cumpre o acordo.

Silveira também afirmou que enviará um decreto para Câmara dos Deputados com melhorias em relação às concessões de energia. A previsão é de publicação em até duas semanas.

Além disso, Nunes enviou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), proposta para aumentar a autonomia dos municípios em relação às concessionárias.

Até 2028, a Enel se comprometeu a melhorar a prestação de serviço em São Paulo, como a contratação de 1,2 mil funcionários e a manutenção preventiva de equipamentos.

Crise de energia em São Paulo

A Enel vem tendo problemas no fornecimento de energia na capital paulista e em diversas outras regiões do país. Em março, por exemplo, o centro de São Paulo ficou sem luz por uma semana.  

Desde 2019, a empresa reduziu cerca de 36% dos seus funcionários. Segundo a Aneel, naquele ano, a empresa tinha um colaborador para atender 307 clientes em média. Hoje, são 511 consumidores por colaborador.

Em abril, o Ministério de Minas e Energia anunciou abertura de processo disciplinar contra a concessionária, para apurar falhas e o descumprimento de obrigações contratuais de prestação de serviço.

A Enel já é alvo de mais de R$ 300 milhões em multas aplicadas pela Aneel, que fiscaliza os serviços prestados pela concessionária. Até o momento, os valores não foram pagos.

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